Fábula | Num dia ensolarado, entre campos floridos e aromas doces, uma abelha trabalhava incansável. Voava de flor em flor, colhendo o néctar das flores para produzir o mel que alimentaria sua colmeia. Era uma vida simples, mas cheia de propósito — cercada pela beleza da natureza e pelo esforço honesto.
Ao se aproximar da cidade, a abelha viu algo que lhe causou espanto: uma mosca, pousada num monte de lixo, lambendo fezes, o mau odor era horrível. O contraste era gritante. A abelha, curiosa e generosa, decidiu conversar.
— Dona Mosca, por que vive nesse monte de sujeira? Há campos floridos, ar puro, e o mais puro e doce néctar... Você poderia experimentar uma vida melhor.
A mosca, sem levantar voo, apenas resmungou:
— Aqui é onde encontro o que gosto. É fácil, é farto, é meu.
A Abelha, paciente, passou o dia inteiro tentando mostrar as vantagens do mel. Falou da leveza do voo entre flores, da harmonia da colmeia, da doçura que alimenta e cura.
Explicou que, ao visitar cada flor, ela coleta o néctar — uma essência delicada e perfumada — e o transforma, com trabalho e sabedoria, em um super alimento chamado mel. Um alimento tão poderoso que nutre, fortalece e até cura. Disse, com sinceridade, que a Mosca também iria gostar muito, se ao menos se permitisse experimentar algo diferente do que sempre conheceu.
Explicou que viver entre flores é viver em paz.
Ao final do dia, já cansada de demostrar tantos fatos, a abelha perguntou:
— E então, dona Mosca? Amanhã vamos mudar de vida? Vai experimentar o néctar e o mel?
A mosca olhou com frieza, com um suspiro abafado, ela desviou o olhar, e respondeu:
— Nem adianta, eu não acredito em uma só palavra do que você disse.
E então voou, lenta e pesada, até o mesmo monte de fezes onde sempre encontrava consolo. O céu estava limpo, o campo florido, mas ela escolheu o escuro. Lambeu seu alimento sem fome, como quem mastiga lembranças, e ali ficou — prisioneira de sua própria escolha.
A abelha, triste, partiu em silêncio, sabendo que nem o mel mais puro e doce convence quem escolheu viver na sujeira.
A fábula da abelha e da mosca encapsula com elegância uma verdade dura: não há argumento que convença quem já decidiu ignorar a realidade. A abelha representa o esforço honesto, a busca pela verdade, pela beleza e pela razão. A mosca, por outro lado, simboliza aqueles que se alimentam da mentira, do caos e da degradação — não por falta de opção, mas por escolha.
Essa história mostra que o problema não é a ausência de fatos, mas a recusa em aceitá-los. É o retrato de um tempo em que a verdade perdeu valor diante da conveniência ideológica.
E mais: é um alerta para não desperdiçar tempo e energia tentando convencer quem já se blindou contra qualquer luz.
Palavras-chave:
Fábula moderna, abelha e mosca, ignorância voluntária, verdade e mentira, inversão de valores, reflexão moral, parábola contemporânea, comportamento humano, resistência à verdade, crítica social.
Descrição:
A Abelha e a Mosca
Fábula da abelha e da mosca revela como argumentos e verdades não convencem quem escolheu viver na mentira. Uma reflexão sobre ignorância voluntária e inversão de valores.
Por:
Alex M. para OpenLinks
Arte:
Alex M.
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De guerrilheiros a defensores da censura: como os anistiados de ontem se tornaram os algozes da liberdade hoje.
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— Dona Mosca, por que vive nesse monte de sujeira? Há campos floridos, ar puro, e o mais puro e doce néctar... Você poderia experimentar uma vida melhor.
A mosca, sem levantar voo, apenas resmungou:
— Aqui é onde encontro o que gosto. É fácil, é farto, é meu.
A Abelha, paciente, passou o dia inteiro tentando mostrar as vantagens do mel. Falou da leveza do voo entre flores, da harmonia da colmeia, da doçura que alimenta e cura.
Explicou que, ao visitar cada flor, ela coleta o néctar — uma essência delicada e perfumada — e o transforma, com trabalho e sabedoria, em um super alimento chamado mel. Um alimento tão poderoso que nutre, fortalece e até cura. Disse, com sinceridade, que a Mosca também iria gostar muito, se ao menos se permitisse experimentar algo diferente do que sempre conheceu.
Explicou que viver entre flores é viver em paz.
Ao final do dia, já cansada de demostrar tantos fatos, a abelha perguntou:
— E então, dona Mosca? Amanhã vamos mudar de vida? Vai experimentar o néctar e o mel?
A mosca olhou com frieza, com um suspiro abafado, ela desviou o olhar, e respondeu:
— Nem adianta, eu não acredito em uma só palavra do que você disse.
E então voou, lenta e pesada, até o mesmo monte de fezes onde sempre encontrava consolo. O céu estava limpo, o campo florido, mas ela escolheu o escuro. Lambeu seu alimento sem fome, como quem mastiga lembranças, e ali ficou — prisioneira de sua própria escolha.
A abelha, triste, partiu em silêncio, sabendo que nem o mel mais puro e doce convence quem escolheu viver na sujeira.
Moral da história
Não adianta mostrar fatos a quem decidiu ignorar a verdade e abraçar a mentira.A fábula da abelha e da mosca encapsula com elegância uma verdade dura: não há argumento que convença quem já decidiu ignorar a realidade. A abelha representa o esforço honesto, a busca pela verdade, pela beleza e pela razão. A mosca, por outro lado, simboliza aqueles que se alimentam da mentira, do caos e da degradação — não por falta de opção, mas por escolha.
Essa história mostra que o problema não é a ausência de fatos, mas a recusa em aceitá-los. É o retrato de um tempo em que a verdade perdeu valor diante da conveniência ideológica.
E mais: é um alerta para não desperdiçar tempo e energia tentando convencer quem já se blindou contra qualquer luz.
Palavras-chave:
Fábula moderna, abelha e mosca, ignorância voluntária, verdade e mentira, inversão de valores, reflexão moral, parábola contemporânea, comportamento humano, resistência à verdade, crítica social.
Descrição:
A Abelha e a Mosca
Fábula da abelha e da mosca revela como argumentos e verdades não convencem quem escolheu viver na mentira. Uma reflexão sobre ignorância voluntária e inversão de valores.
Por:
Alex M. para OpenLinks
Arte:
Alex M.
A Micareta Ideológica – Os Anistiados de Outrora
De guerrilheiros a defensores da censura: como os anistiados de ontem se tornaram os algozes da liberdade hoje.

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