Opinião | A história brasileira vive hoje um paradoxo gritante. Aqueles que, décadas atrás, foram anistiados por atos como assaltos a bancos, atentados a bomba, sequestros e treinamento em guerrilhas estrangeiras — e que admitiam abertamente o desejo de implantar a ditadura do proletariado — agora se colocam como defensores da ordem institucional e da democracia.
A ironia é que muitos desses mesmos personagens, outrora perseguidos pelo regime militar, hoje ocupam cargos de influência e se voltam contra cidadãos comuns que participaram de manifestações. Idosos, pais de família, trabalhadores, munidos de bandeiras, bíblias e algodão doce, são tratados como ameaças à democracia por simplesmente expressarem suas convicções.
É impossível imaginar um golpe de Estado sendo articulado por senhores e senhoras que rezam o terço em frente a quartéis. No entanto, a narrativa dominante insiste em criminalizar a fé, o patriotismo e a liberdade de expressão.
É importante separar os fatos da narrativa. O que aconteceu em 8 de janeiro foi, sim, uma baderna, com atos de vandalismo e invasão de prédios públicos. Mas classificar aquilo como um golpe de Estado exige uma análise mais profunda e honesta.
Um golpe pressupõe organização militar, ruptura institucional, tomada de poder, e nada disso se concretizou. O que se viu foram cidadãos — muitos idosos, religiosos, famílias — protestando, alguns extrapolando os limites legais, mas sem qualquer capacidade real de derrubar o governo ou tomar o controle do Estado.
Vale lembrar: em maio de 2017, durante protestos organizados por movimentos de esquerda, todos os prédios da Esplanada dos Ministérios foram evacuados. Vidros quebrados, incêndios, invasões e pichações marcaram aquele dia. Nenhum dos envolvidos foi tratado como terrorista.
Política | Dino: ‘Ato político’, quando a esquerda invadiu a Esplanada ...
A diferença de tratamento revela mais sobre a narrativa dominante do que sobre os fatos em si.
A seletividade da indignação revela mais do que hipocrisia: escancara um projeto de poder que se alimenta da inversão moral e da manipulação histórica. A anistia, que deveria ser símbolo de reconciliação, virou escudo para a censura e a perseguição.
Enquanto cidadãos comuns se reúnem por convicção, a esquerda recorre ao velho showmício — artistas pagos com recursos da Lei Rouanet, palcos montados com dinheiro público e discursos ensaiados para tentar reunir multidões.
O apelo não é pela liberdade, mas pelo espetáculo. A tentativa de transformar protesto em festival revela não apenas a fragilidade da mobilização, mas também a dependência de incentivos estatais para gerar engajamento. O que deveria ser manifestação política vira evento patrocinado, com cachês generosos e pautas diluídas em refrões.
A micareta ideológica segue em marcha, com seus antigos revolucionários agora travestidos de guardiões da democracia — desde que seja a deles.
Palavras-chave:
Anistia política, ditadura do proletariado, protestos conservadores, Esplanada 2017, censura ideológica, perseguição política, patriotas, história do Brasil, esquerda radical, liberdade de expressão.
Descrição:
A Micareta Ideológica – Os Anistiados de Outrora
De guerrilheiros a defensores da censura: como os anistiados de ontem se tornaram os algozes da liberdade hoje.
Por:
Alex M. para OpenLinks
Arte:
Alex M.
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A Morte do Diálogo: Quando Pensar Virou Pena de Morte
A execução de Charlie Kirk expõe a intolerância ideológica nas universidades.
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Vale lembrar: em maio de 2017, durante protestos organizados por movimentos de esquerda, todos os prédios da Esplanada dos Ministérios foram evacuados. Vidros quebrados, incêndios, invasões e pichações marcaram aquele dia. Nenhum dos envolvidos foi tratado como terrorista.
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